Conforme previsto 50 mil pessoas participaram da Festa de Corpus Christi, neste ano de 2023. Assim a Prefeitura realizou, em 24 horas de atrações culturais, a maior edição do evento em todos os tempos: o incentivo a manutenção da tradição cultural religiosa de fé e arte e os investimentos na confecção dos tapetes explicam o sucesso dessa 75ª edição.
Foram inúmeras as lentes de câmeras fotográficas e de celulares a capturarem os melhores momentos da ‘Festa de Corpus Christi 2023’. Os olhares estiveram voltados as cenas inédias das famílias matonenses, formada por idosos, adultos e crianças a enfeitarem as ruas, bem em frente de suas casas; a comunidade católica, coroinhas, catequistas e ministros da eucaristia debruçaram-se, coletivamente, em prol da beleza dos mesmos desenhos; assim também os artistas, imersivamente, fizeram brotar do chão imagens sacras; o caminhar da multidão de fiéis nos corredores dos tapetes enfeitados, parecia acontecer em ‘câmera lenta’ e flutuar, através da exuberância e beleza criativas dos desenhos. O instante foi eternizado pela esperança que se renova, em “mais aurora há cada dia”, como diria o cantor e compositor, Milton Nascimento.
Desta vez, o Corpus Christi retratou a Campanha da Fraternidade da Igreja Católica de 2023: “Fraternidade e Fome”, tema inspirado pelo Evangelho de São Mateus, a partir do versículo: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14, 16).
“Agradecemos a todas as pessoas que participaram da nossa abençoada festa de Corpus Christi este ano em Matão, artistas e voluntários que produziram os tapetes, as pessoas que vieram de outras cidades visitar Matão, artistas dos palcos, as equipes de toda infraestrutura. E, parabenizamos a todos os servidores municipais envolvidos na organização desta que, assim como pensamos que seria, foi de fato, a maior edição que já tivemos até agora”, avaliou o prefeito Cido Ferrari.
Para os católicos a cena emblemática de Jesus à mesma com os apóstolos, antes da crucificação marca a eucaristia, ou seja, o sacramento católico que relembra a última ceia do Filho de Deus Pai. Assim a simbologia do ‘Corpus Christi’ traduzida do latim, significa literalmente “Corpo de Cristo”, ou seja, momento em que Jesus Cristo transforma seu corpo em pão e seu sangue em vinho.
Dessa vez houve maior envolvimento dos matonenses, bem como dos artistas a enfeitarem os 12 quarteirões centrais, cerca de 1.200 metros, com suas técnicas especiais renovadas. Durante o dia, todas as igrejas católicas receberam milhares de fiéis para a participação nas missas; visitantes se deslumbram com um amanhecer colorido das imagens cinematográficas que retratam temas sagrados, em Matão.
Amor, fraternidade, solidariedade, afeto e amizade!
Uma atmosfera de solidariedade, fraternidade e amor encantou a multidão, que percorreu os 12 quarteirões enfeitados a contemplar tamanha beleza, que ao nascer e ao pôr do sol esteve ainda mais exuberante, sendo ‘destruída’ por privilegiados pés da multidão durante a procissão do ‘Santíssimo Sagrado’.
Conforme descreveu padre Jorge João Aparecido Nahra, pároco da Igreja Matriz, “a Festa de Corpus Christi faz ressurgir entre as pessoas uma especial motivação para a solidariedade e fraternidade, pois é quando vemos pastorais, movimentos e famílias das paróquias da cidade, na confecção dos tapetes a participarem das missas e assim fortalecerem a fé em Cristo Jesus ‘Pão da vida’, ou seja, traz a certeza da presença do Ressuscitado no meio de nós”.
Este ano, registramos na ‘Rua dos Gandinis’, ou seja, na Avenida 7 de Setembro a movimentação das crianças da catequese, coroinhas e ministros da eucaristia vinculados a Igreja Matriz, bem como o delicioso e tradicional café da manhã servido por mais de 40 anos. Da mesma maneira outras diversas instituições sociais, grupos escolares, famílias, tanto quanto envolvidas na produção dos tapetes. Esse fato significa que as novas gerações receberam o passar do legado cultural religioso matonense, para que assim possa se perpetuar.
“É uma alegria muito gratificante para nossa família contribuir para passar de geração em geração a importância do Corpus Christi, que compreende um ‘Jesus Ressuscitado’ presente entre nós, e assim também poder demonstrar nossa fé para os milhares de visitantes na nossa cidade”, compartilhou Dona Cida Gandini.
Foram mais de 70 toneladas de dolomitas disponibilizadas pela Prefeitura, para que 500 voluntários tivessem uma quantidade de material suficiente na composição das obras.
Concomitantemente, a comunidade católica do Distrito de São Lourenço do Turvo (vinculada a igreja de São Lourenço) confeccionou os tapetes coloridos com “dolomitas e areia, pela técnica de areiaografia”, com resgate da técnica e estilo, históricos.
De acordo com o diretor de Cultura Juliano Jacopini, “a programação artística e cultural, do Palco Viva Cultura e outros espaços, transcorrida em paralelo a ‘Festa religiosa de Corpus Christi’, conforme planejamos – cujo objetivo foi contribuir com a manutenção da tradição de Corpus Christi a partir da democratização, pluralização do acesso à cultura – assim atraiu as pessoas a participarem do evento como um todo, com atrações que resgataram as musicalidades e manifestações étnicas e culturais, como por exemplo o baião, o ‘Santo Reis’, o frevo e a capoeira”.
Em relação a segurança e organização, o secretário de Administração e Finanças Willian Di Gaetano Bassi, avaliou: “a Prefeitura se preparou, em termos estruturais, para comportar as 50 mil pessoas que visitaram nossa cidade, este ano. Tivemos uma festa de Corpus Christi harmoniosa, já que as forças de segurança foram pouco acionadas, sejam a Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192) e equipes dos Departamentos de Trânsito e Defesa Civil; e, como tivemos uma programação pensada para agradar a todos, as pessoas se distribuíram e aproveitaram tanto o aspecto cultural, quanto o de fé religiosa”, conclui.
