Prefeitura de Matão promoveu a Caminhada pelo 18 DE MAIO: Conscientização e sensibilização em relação ao abuso e à exploração sexual infantil e a Luta antimanicomial.
O evento foi realizado na sexta-feira (17/05), na Praça Central organizado por todos os órgãos que trabalham em prol da garantia de direitos da criança e adolescente, bem como na “Luta antimanicomial”.
Para o prefeito Cido Ferrari que esteve no evento, acompanhado da primeira-dama Márcia Ferrari, é muito importante a união de todos na realização das ações efetivas, seja por meio dos equipamentos públicos ou de organizações da sociedade civil.
“A manifestação pública e a mobilização constante de todos os profissionais que cuidam das crianças, adolescentes e suas famílias, em relação a proteção contra abusos, bem como a posição ‘antimanicomial’ dos que atendem pacientes na rede psicossocial, se fazem muito importante, porque é através do trabalho conjunto que serão traçadas as novas e necessárias políticas públicas, que devem ser construídas neste segmento”, ponderou o prefeito Cido Ferrari.
Neste sentido, a ‘Caminhada simbólica’ foi marcada por um número significativo de profissionais vinculados a rede psicossocial de atendimento a saúde de Matão, responsáveis pela organização do evento, bem como de outras instituições do setor, que falaram ao público sobre as conquistas e os desafios: Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, por intermédio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS); Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (COMCRIAMA); Secretaria de Saúde, por intermédio da Estratégia Saúde da Família, Núcleo de Prevenção da Violência, Centro de Atenção Psicossocial de Matão (CAPS), Centro de Atenção Psicossocial de Matão – Álcool e Drogas (CAPS-AD), CENTRINHO e Ambulatório de Saúde Mental; e, Conselho Tutelar.
Leis de combate ao abuso e exploração sexual de criança e adolescente
A Lei nº 9.970, de 17 de maio de 2000 foi instituída em repúdio ao crime hediondo ocorrido, no dia 18 de maio de 1973, em Vitória (ES), quando uma menina de oito anos, Araceli, foi raptada, drogada, estuprada e morta por jovens de classe média alta. Apesar na comprovação do crime, até hoje os assassinos permanecem impune.
Mais tarde, em 3 de agosto de 2022, uma nova Lei Federal nº 14.432, foi instituída. Essa estabelece que durante o mês de maio devam ser realizadas atividades efetivas de combate ao abuso e a exploração de crianças e adolescentes.
*Luta antimanicomial*
A data ‘18 de Maio’ também marca as mobilizações em torno do fechamento de manicômios e a formalização de novas legislações, a implantação da rede de saúde mental e atenção psicossocial e da instauração de novas práticas em um importante movimento de Reforma Psiquiátrica Brasileira, uma referência internacional.
Apresentações artísticas
De acordo com cientistas da mente e das emoções humanas, o ‘fazer artístico’ vai além do ‘presenciar o artístico’, em relação ao desenvolvimento humano das pessoas. De certa forma aprender a cantar, tocar instrumentos musicais e criar poesias, surgem como método no processo de cura para àqueles que sofrem com os distúrbios psiquiátricos e problemas emocionais.
Os pacientes do CAPS-AD (Saúde Mental) leram textos sobre a Luta antimanicomial e executaram três canções que fazem alusão ao Movimento da luta antimanicomial’: ‘Mundança’, de Flávio Leandro e ‘Rindo atoa’ do grupo Fala Mansa.
Já os pacientes do CAPS II, apresentaram uma poesia (declamada pelo psicólogo Vandré) e três canções: É preciso saber viver (Roberto e Erasmo Carlos) e ‘Semente do amanhã’ (Erasmo).
O evento foi encerrado com chave de outro pelas crianças que frequentam o Projeto SOS Cidadania, da Instituição Edo Mariani. Elasexecutaram ‘Capelas’ das cações, ‘Carinho de verdade’ e Cuida da Terra.
Ação do Conselho Tutelar na Praça Central
A mobilização sobre o tema ‘Maio Laranja’ continuou no sábado (18/05), em prol do ‘Dia 18 de Maio’ realizada pelo Conselho Tutelar de Matão, com a participação do Conselho Municipal da Criança e Adolescente (COMCRIAMA), bem como do Coletivo Terezas.
“Procuramos conscientizar a população sobre o conceito do ‘Semáforo do Toque’ e a importância da denúncia – com sigilo sobre a identidade do denunciante – caso tenha conhecimento de que alguma criança ou adolescente esteja passando por situação de abuso”, explicou o conselheiro Paulo Eduardo Zabaglia.