Estudante da rede pública de Matão é finalista do projeto EPTV na Escola

Estudante da rede pública de Matão é finalista do projeto EPTV na Escola

Carolina Pinotti Vicenzotti ficou em 4º lugar com redação “A vida em uma tela”

A Prefeitura de Matão, através da Secretaria de Educação e Cultura, parabeniza a estudante do 9º ano B da Escola Municipal Adelino Bordignon, Carolina Pinotti Vicenzotti e sua professora Teresa Lúcia Silva, pelo desempenho na redação que a levou ao 4º lugar no projeto EPTV na Escola 2022.

Esta é a 23ª edição do concurso de redações realizadas pela emissora na região de São Carlos e dessa vez selecionou 153 trabalhos de estudantes sobre o tema: “Por que acreditamos que o mundo virtual é real?”

Estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, da rede pública e privada de todas as 42 cidades da área de cobertura da EPTV São Carlos participaram do projeto.

O 1º lugar foi Gabriel Santos das Neves da cidade de Santa Cruz da Conceição; o 2º, Ana Clara Gomes Silva de Rio Claro e o 3º João Paulo Rodrigues Pinheiro, de Motuca.

Leia redação na íntegra

Título da Redação: A vida em uma tela

Acordamos e, de imediato, já recorremos ao nosso “membro externo”: o celular. É ele que nos prende a conteúdos que, na maioria das vezes, não nos dizem respeito e são postados por internautas conhecidos e anônimos, quase sempre distantes dos nossos círculos de convivência. Apesar disso, essas postagens possuem atrativos capazes de despertar a nossa curiosidade envolvendo-nos desde a manhã até a hora de dormirmos.

É essa capacidade viciante de envolvimento que nos distancia da realidade e nos transporta para outra esfera, prendendo-nos de tal forma que já não somos capazes de nos reconhecer como pessoas livres. Assim, a sensação de vazio toma conta de nós quando não estamos conectados, como se fôssemos escravos de um comando virtual.

Ainda que a sabedoria do usuário seja o segredo para nos manter livres das amarras virtuais, é preciso reconhecer que estamos cada vez mais atrelados às facilidades tecnológicas. Por isso, infelizmente, as relações pessoais reais estão ficando em segundo plano.

Distantes das possibilidades de embates dados pelas relações pessoais reais, passamos a acreditar numa realidade inexistente, numa “terra de ninguém”, na qual muitos creem que falsas verdades podem ser criadas, influenciando comportamentos, destruindo reputações e negando os conhecimentos científicos. Acreditamos nisso porque tudo está ali. Pronto. Esse é o trabalho das “fake news”, nem sempre atingidas por legislações que as impeçam. E elas ganham corações e mentes porque não queremos o trabalho de exercitar questionamento, nem estamos interessados em saber se seus conteúdos são verdadeiros.

Assim, quando nos deixamos ser manipulados e dominados pelas telas, o virtual passa a ser “verdade”, levando-nos a ações que, muitas vezes, parecem inerentes a nossa própria vontade e, consequentemente, não nos deixam viver o mundo real. Pouco dispostos a enfrentar nossas dificuldades reais, de um mundo nem sempre bonito, seguimos preferindo gastar horas e horas buscando e acreditando que o mundo virtual vai nos transformar em seres perfeitos.

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