Grupo antitabagismo da rede pública municipal de Saúde celebra ótimos resultados

O grupo que iniciou tratamento em agosto deste ano, finalizou as atividades na sexta-feira 28 de novembro. Por isso estão abertas inscrições para o novo Grupo antitabagismo, que terá início em janeiro de 2026, na Estratégia Saúde da Família São Judas Tadeu, localizado a Rua Silvio Quarésima, nº 53, Vila Cardim. Telefone (16) 3384-9887.

Para desenvolver o programa, a Prefeitura de Matão, através da Secretaria de Saúde fez adesão ao Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), cujo procedimento segue um fluxo logístico que envolve também a Secretaria Estadual de Saúde, que por sua vez distribui os medicamentos via Departamento Regional de Saúde do Estado de São Paulo (DRS). Além da medicação antitabagismo o município recebe um ‘Manual do participante’, destinados aos participantes, por um período de três meses, para cada grupo.

Com o uso de medicações, orientadas pelo médico Dr. Daniel Evangelista de Miranda, e sessões de autoajuda, em grupo, com a psicóloga Roberta Vetuche Camillo, diversas pessoas já conseguiram parar de fumar depois que frequentaram o grupo antitabagismo, que se reúne toda sexta-feira das 9h às 10h30 no ESF São Judas.

“Ver as pessoas parando de fumar a partir do trabalho que a nossa rede de Saúde realiza nos deixa muito contentes, pois se trata de um vício, uma doença, muito difícil de vencer sozinho, então esperamos que todos que sofrem com os males causados pelo cigarro recebam o tratamento que tem muita qualidade e é gratuito”, incentivou prefeito Cido Ferrari.

Neste sentido as medicações antitabagistas, têm orientação médica, como a bupropiona e a terapia de reposição de nicotina, sejam os adesivos e as gomas de mascar. Já as sessões individuais de psicoterapia são para pacientes com comorbidades. Dessa forma mostram-se eficazes no sucesso do tratamento, que segue o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde. Para quem pode ou resolve pagar, o valor do tratamento completo somente das medicações gira em torno de R$1.500 (mil e quinhentos reais).

De acordo com o secretário da Saúde Orivaldo Reguin (Faro), cerca de 25% das pessoas que participam do Grupo antitabagismo, param de fumar e restabelecem a saúde, inclusive a pulmonar. “Estamos conseguindo resultados de prevenção muito positivos com o Grupo antitabagista, o que é de extrema importância para a saúde pública e individual, pois parar de fumar é considerado uma das principais formas de evitar vários tipos de doenças graves e até mesmo mortes prematuras”, destaca Faro.

A psicóloga Roberta Camillo explica qual o perfil das pessoas que procuram o tratamento: “São pessoas com mais de 40 anos de idade, aposentados, homens e mulheres, que fumam 30 cigarros em média por dia, e que já estão desenvolvendo doenças crônicas pulmonares ou outras comorbidades, como cardiovasculares, diabetes, hipertensão, e que decidiram parar de fumar, mas não conseguem sem a ajuda dos medicamentos e do grupo de terapia”.

Um dos pacientes, o senhor Neosvair Francisco Caetano, metalúrgico aposentado de 57 anos, contou que depois que fez o tratamento sente-se melhor, em relação a respiração e que agora consegue realizar serviços de jardinagem com tranquilidade, sendo que até mesmo a cor da pele de seu rosto, agora está mais rosada, sendo que antes estava acinzentada pela grande quantidade diária ingerida, de nicotina e fumaça dos cigarros.

Conforme detalhou o médico Daniel Evangelista, o tratamento é realizado com base em dois métodos; parada abrupta (de uma vez); ou parada gradual. A parada abrupta, significa parar de uma só vez, na data escolhida para deixar de fumar, não importando o número de cigarros consumidos, diariamente. Já a parada gradual, significa parar em alguns dias, e pode ser feito de duas formas: redução ou adiamento. A redução é passar a fumar um número menor a cada dia; e adiamento é adiar a hora que começa a fumar o primeiro cigarro do dia.

“Passo orientações em grupo e também, individualmente, no consultório, durante as sextas-feiras. Cada paciente tem uma forma diferente de receber o tratamento, variando de acordo com vários fatores de saúde”, explicou Dr. Daniel.

O método envolve a autoajuda, sendo que o médico e a psicóloga utilizam o Manual do paciente (conteúdo apostilado) para estimular os participantes a responderem questionários que os levam a refletir sobre os malefícios do cigarro, constatando que são bem maiores do que a sensação de prazer trazida pelo consumo da nicotina. Os textos informativos ressaltam sobre os prejuízos a saúde, bem como apresentam dicas concretas sobre como parar de fumar.