Prefeitura e grupo de ‘Apoio a Gestão Pública’ da FVG debatem ‘Ação Climática’
As duas reuniões com o grupo AGP ocorreram esta semana: uma na terça-feira (28), na sala de reuniões da Prefeitura; e outra na quarta-feira (29) no Auditório da Casa da Cultura.
O objetivo é dar sequência ao debate, levantar informações sobre riscos e impactos climáticos que possam acometer o município de Matão e assim definir ações de contenção dos riscos.
Para o prefeito Cido Ferrari, “as reuniões que tratam das mudanças climáticas são oportunidades importantes que dão condições de nos prepararmos para o enfrentamento desse problema, que não é apenas de Matão, mas de todo o mundo. Assim seguimos construindo o futuro que desejamos para todos!”
Portanto, a Prefeitura de Matão uniu-se a iniciativa da Citrosuco e do Instituto Votorantim - com apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por meio do Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces) – para realização de estudos e análises sobre ameaças, riscos e impactos climáticos em todo território pertencente a este município.
A reunião do gabinete da Prefeitura contou com a presença do vice-prefeito Diego Mingorance e do coordenador Regional da Defesa Civil do Estado de São Paulo, coronel Amarildo Callegari, com intuito de fortalecer a integração entre o projeto AGP Climática e a Defesa Civil Estadual, para aprimorar a prevenção e a gestão de riscos e desastres.
Durante a reunião, a técnica da FGV Laura Portela, que representa o ‘Apoio a Gestão Pública – Climática (AGP)’, apresentou o andamento do projeto, o desenvolvimento do mapa de risco e da linha do tempo de eventos climáticos, cujo levantamento de dados foi construído com a participação dos profissionais que compõem o grupo.
De acordo com o secretário de Segurança, Trânsito e Defesa Civil, Robson Moreira, a presença do coronel da Defesa Civil do Estado, contribuiu com orientações técnicas e estratégicas para o fortalecimento da gestão de riscos e desastres neste município. “Ele sugeriu a criação de um Comitê Municipal de Desastres e Riscos, cuja ação deve ser avaliada e uma vez constatada a pertinência, assim faremos”, avaliou Moreira.
Foram discutidos temas como plano de contingência, integração entre secretarias, impactos das queimadas, períodos críticos de chuvas e estiagem, a importância da educação ambiental e do engajamento comunitário, além da possibilidade de criação de um fundo municipal da Defesa Civil para fortalecer ações preventivas e ampliar a captação de recursos.
Os participantes ressaltaram que municípios onde as ‘Defesas Civis’ são bastante atuantes recebem mais investimentos e reduzem custos com ações emergenciais. Houve ampla troca de experiências e encaminhamentos práticos, como a criação do comitê, o fortalecimento das ações educativas e a continuidade do trabalho integrado com o Estado.
Para além disso, a reunião apresentou e discutiu o projeto AGP Climática e sua integração com a Defesa Civil Estadual; prevenção e mapeamento de riscos; articulação intersetorial e capacitação de equipes; bem como sobre a importância da criação do Comitê de Desastres e Riscos em Matão.
Reunião de 29 de outubro
Neste mesmo sentido, ocorreu também o ‘Encontro entre os Gestores Municipais (GM) e o Grupo de Trabalho Local (GTL)’ no dia 29, compostos por membros de Organizações Não Governamentais (ONGs), membros da sociedade civil, Organizações da Sociedade Civil, empresas, coletivos, etc.
A reunião abordou temas centrais sobre mudanças climáticas, emissões de gases de efeito estufa (GEE), bem como os chamados ‘Objetivos de Desenvolvimento Sustentável’ (ODS). Foram destacadas as seguintes ações a serem implantadas: a importância da criação de planos preventivos, da articulação com empresas locais e da ampliação da comunicação ambiental com a população.
O grupo apresentou ainda o que considera ‘boas práticas municipais e corporativas’, além da conexão entre o AGP Climática e os ODS. O encontro também tratou da COP 30 (Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, evento global que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025. Foi refletido também sobre o papel de Matão em ações de sustentabilidade e educação ambiental.
Nesta oportunidade, a técnica da FGV Laura Portela apresentou o panorama das políticas climáticas nacionais e destacou a importância de fortalecer as estruturas físicas, políticas e culturais para prevenir futuros desastres. Foram debatidos temas como gestão de resíduos sólidos, mobilidade urbana e parceria entre poder público e empresas para elaboração de inventários de GEE.
Também foi destacada a necessidade de melhorar a comunicação ambiental com a população, ampliando o acesso a informações sobre políticas, programas e ações de prevenção.
Foi lembrado também que, recentemente, Matão marcou presença na VI Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, em São Paulo e depois em Brasília. O estudante Giovanni Melges de Oliveira, da EMEF Pref. Celso de Barros Perche, representou toda sua classe (9º ano), que teve o projeto ‘Cuidar do Clima começa aqui’, classificado.
Ainda conforme avaliou o secretário de Segurança, Trânsito e Defesa Civil, Robson Moreira, “a integração mediada pela FGV é muito válida, pois nos leva a criação de novas ferramentas baseadas nos riscos já mapeados pela nossa equipe, dentro do município. É uma ação colaborativa, que visa capacitar os técnicos em relação ao uso de tecnologias inovadoras e ferramentas de gestão voltadas ao combate dos problemas gerados pelas mudanças climáticas, a curto, médio e longo prazo”, concluiu.