Escolas Municipais de Educação Infantil criam ‘Espaço Comitê Antirracista’

Na semana anterior a EMEI Helena Lian e Centro Social Honorina Bambozzi Rodrigues (jardim do Bosque) reuniram professores, crianças e familiares para o evento ‘Espaço Comitê Antirracista’. A celebração contou com a participação do Grupo Vocal Marias e do Bloco Vixe Maria, e teve o objetivo de apresentar a comunidade escolar as atividades pedagógicas antirracistas realizadas durante o ano.

“Desejamos que todas as nossas crianças cresçam em ambientes de respeito as diferenças, para isso confiamos que nossos professores já estão cuidando para que em Matão os alunos sejam respeitados e valorizados, pois é assim que estamos construindo um futuro mais justo, para todos”, afirmou o prefeito Cido Ferrari.

Destaque para as belas fotografias das atividades desenvolvidas junto as crianças apresentadas a comunidade durante o evento, bem como as falas afirmativas trocadas entre os presentes. Essas ações são contínuas e visam ampliar o conhecimento sobre o povo africano, bem como sua contribuição na construção sociocultural e histórica brasileira, a partir dos seguintes temas: Contação de histórias; Autoconhecimento; Brincadeiras ‘terra mar’ e Moçambique (África); Mostrando a variedade de tons de pele; Brincadeiras musicais; Movimento cultural; Prática de capoeira.

Para tanto, a EMEI Helena Lian e Centro Social Honorina Bambozzi Rodrigues (jardim do Bosque) se baseiam na seguinte afirmativa: “Na nossa escola, acreditamos que o respeito e a igualdade se aprendem desde cedo. O Comitê Antirracista existe para cuidar, acolher e valorizar cada criança, cada história e cada cor. Juntos, construímos um espaço onde todas as pessoas são importantes e onde a diversidade é motivo de alegria. Educar para a igualdade e equidade, é semear um futuro sem racismo. Na nossa escola toda cor, é cor do amor!”

Dessa forma, as atividades pedagógicas de caráter antirracista são desenvolvidas desde a primeira infância nas Escolas da Prefeitura de Matão, por intermédio da Secretaria de Educação e Cultura, que indicam os caminhos pedagógicos a serem percorridos pelas escolas: as professoras apresentam literaturas que ressaltam a resistência e potência dos povos africanos, bem como a extraordinária contribuição artística, cultural e histórica, por meio da música, culinária, língua, arquitetura, descobertas científicas e acadêmicas.

O planejamento pedagógico visa garantir o direito das crianças a conviverem em ambientes que valorizam suas identidades e combatem discriminações a medida que cria momentos de representação e imagens positivas para e com as crianças. Ao garantir representatividade, promover narrativas afro-brasileiras e cuidar das relações, a escola contribui para que as crianças negras possam desenvolver autoestima, a partir do pertencimento, enquanto que as crianças não negras aprendem a agir com respeito e justiça social.