Prefeitura capacita servidores da elétrica e investe em EPIs para evitar acidentes

Esta semana, o curso de ‘Segurança nas instalações de serviços de Elétrica’ capacitou sete eletricistas, dois auxiliares e um motorista. O SESMT deve capacitar também os gestores municipais, responsáveis pelo funcionamento de eletricidade em todos os prédios e áreas públicas, incluindo escolas, unidades de saúde, praças, ruas e avenidas.

A Prefeitura de Matão, por intermédio da Secretaria de Administração e Finanças - através do setor de Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) - realizou capacitação voltada aos servidores do Departamento de Manutenção Elétrica e Hidráulica. O objetivo é garantir o cumprimento de duas Normas Regulamentadoras, a NR 6 e NR10, com vistas na saúde, proteção e integridade física do trabalhador, para prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Além da capacitação, a Prefeitura investiu na compra de uniforme antichamas/condutivo, com mangas isolantes. O Departamento de Manutenção Elétrica e Hidráulica faz parte da Secretaria de Serviços Municipais e já possui também equipamentos de Proteção Individual (EPIs), essenciais para uso dos eletricistas, sejam: calçados e luvas isolantes, capacete dielétrico, óculos de proteção (ou protetor facial contra-arco elétrico); e, para trabalhos em altura, cinturão de segurança; bem como protetores auriculares. Durante a capacitação foi reforçado sobre o procedimento que proíbe o uso de adornos pessoais como anéis e relógios, durante o trabalho desses servidores.

“As medidas que trazem mais segurança para os trabalhadores são prioridades no nosso governo, pois quando o servidor segue as regras, utilizando os equipamentos de segurança, sendo uma atitude somada a sua habilidade em executar o serviço, ele evita os acidentes que poderiam comprometer a si mesmo e os seus companheiros”, avaliou o prefeito Cido Ferrari.

O SESMT da Prefeitura foi criado há 9 anos, sendo que há cerca de 5 anos vem sendo organizado pela atual administração municipal, com uma equipe de 10 servidores, sendo: quatro técnicos de Segurança do Trabalho; um médico de segurança do trabalho; um engenheiro de Segurança do Trabalho; uma técnica de enfermagem do trabalho; duas psicólogas; e uma assistente social.

De acordo com os dois técnicos em Segurança do Trabalho, Joseline Rita e Eduardo Henrique Xavier, responsáveis pelo desenvolvimento da capacitação, o curso reafirmou a situação de risco de acidentes, vivenciada pelos servidores da Elétrica, ao mesmo tempo em que esclareceu sobre a responsabilidade do trabalhador com sua autoproteção, durante o trabalho.

Dessa forma a Prefeitura de Matão está alinhada a NR 6 do Ministério do Trabalho e Emprego, que define e regulamenta o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) no Brasil, estabelecendo obrigações para empregadores e trabalhadores. Seus principais pontos incluem o fornecimento gratuito e certificado dos EPIs, treinamento sobre seu uso, e fiscalização da conservação dos equipamentos, que visam proteger os trabalhadores contra riscos à segurança e saúde.

Já a NR 10 exige EPIs específicos para riscos elétricos, como luvas isolantes, capacetes com protetor facial (arco elétrico), calçados de segurança, vestimentas adequadas (antichamas/ATPV), e cintos de segurança, além de exigir certificação (CA) e testes periódicos para garantir a eficácia contrachoque e arco elétrico, sendo proibidos adornos pessoais como anéis.

Dando continuidade, a Prefeitura realizará capacitação, por meio da atuação da equipe do SESMT, voltada aos gestores municipais, responsáveis pelos serviços de Elétrica: manutenção elétrica de todos os prédios públicos, incluindo escolas e unidades de saúde, além de áreas públicas, como praças e iluminação pública.

Assim a Prefeitura alerta: a ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) expõe o eletricista a riscos graves e imediatos, incluindo acidentes fatais. A eletricidade é uma força perigosa, invisível e inodora, o que torna a proteção individual fundamental.

Os principais riscos que um eletricista corre sem os EPIs adequados são:

• Choque Elétrico: É o risco mais comum. O contato direto ou indireto com a corrente elétrica sem isolamento pode causar desde sensações de formigamento e contrações musculares até paradas cardíacas, lesões nos nervos e, em casos extremos, a morte (eletrocussão).

• Queimaduras Severas: A passagem da corrente elétrica pelo corpo ou a exposição a um arco elétrico (curto-circuito de alta potência) gera calor intenso, causando queimaduras graves, muitas vezes de segundo ou terceiro grau, que podem ser extensas e profundas. Roupas comuns podem pegar fogo, enquanto vestimentas antichamas, que são EPIs específicos, minimizam esses acidentes.

• Arcos Elétricos e Explosões: Falhas elétricas podem resultar em arcos voltaicos, que são extremamente perigosos. Além das queimaduras, o arco elétrico pode causar cegueira temporária ou permanente devido à luz intensa, danos auditivos por conta do barulho da explosão e projeção de fragmentos de metal derretido.

• Quedas de Altura: Muitos trabalhos elétricos são realizados em postes, escadas ou plataformas elevadas. Um choque elétrico, mesmo de baixa intensidade, pode fazer com que o profissional perca o equilíbrio e caia, resultando em fraturas, contusões ou lesões fatais.

• Incêndios: A sobrecarga de energia, curtos-circuitos ou arcos elétricos sem a devida proteção podem facilmente iniciar incêndios em materiais próximos, colocando em risco o patrimônio e a vida de outras pessoas no local.

• Doenças Ocupacionais: A exposição contínua a campos eletromagnéticos, embora menos imediata que os acidentes, também é um risco a ser considerado a longo prazo.

A utilização de EPIs como luvas e calçados isolantes, capacetes e vestimentas específicas contrachoques e fogo é obrigatória e regulamentada por normas como a NR-10 no Brasil, sendo crucial para a segurança do profissional.