A Prefeitura, através da Secretaria de Meio Ambiente realiza a reativação das práticas de “silvicultura” no Viveiro Municipal. A atividade, que deve ser permanente, consiste em extrair sementes de árvores nativas, exóticas e ornamentais, por meio de métodos naturais e artificiais, a fim de regenerar e melhorar o que os ambientalistas chamam de “povoamentos florestais”. Isso por que a cidade necessita de mais arborização e áreas verdes, que foram ao longo dos anos se extinguindo.
“Sabemos que as árvores trazem frescor e melhoram a qualidade do ar, além de deixarem a cidade mais bonita, por isso estamos somando esforços para aumentar a quantidade de mudas e assim podermos replantar em lugares mais áridos, para que o plantio possa trazer qualidade de vida para todos”, considerou o prefeito Cido Ferrari.
Este mês de julho, o Departamento de Meio Ambiente recrutou três estagiários estudantes de graduação em Agronomia, a fim de que recebam instruções do veterano funcionário do Viveiro Municipal José Vicente Gari, carinhosamente chamado de ‘Seu Vicente’, e sob orientação os universitários têm trabalhado na extração das sementes, são eles: Maria Rita Campi Marcato, estudante da Universidade de Araraquara (UNIARA); Murilo Destefani, da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiros – Universidade de São Paulo (ESALQ-USP), Campus Piracicaba e Bárbara Rocha Jorge de Almeida, da FATEC de Jaboticabal.
“Estamos aprendendo de maneira prática, muito além do que experienciamos na faculdade aqui no Viveiro com o Vicente. A prática traz a motivação para a execução do trabalho e pretendemos dar o nosso melhor nesta experiência”, declarou a estudante Maria Rita.
De acordo com ‘seu Vicente’ o processo de extração e preparo da semente até o plantio exige algumas técnicas: “primeiro os estagiários saem a campo para identificarem as árvores nativas e coletarem as sementes, que estejam em condições adequadas a passarem pelo ‘beneficiamento’, que consiste na quebrada da dormência da semente, que em seguida é resfriada com água quente ou gelada e coberta com palhada, para fazer sombrite e ajudar a semente germinar na terra, preparada finalmente em saquinhos ou tubex, ela brota mais rapidamente, do que se não fosse feito a silvicultura “, explica o responsável pelo Viveiro.
Para a diretora do Departamento de Meio Ambiente, Maria Bellintani Ourique de Carvalho, essa prática de “silvicultura” abrange as questões de preservação do meio ambiente e compreende o estudo botânico das espécies, além da identificação, caracterização e prescrição da utilização das madeiras. Em Matão estão sendo beneficiadas as seguintes árvores nativas, exóticas, aromáticas e ornamentais: quaresmeira, calistemo, canafistula, pau-ferro, palmeira seafortia, melaleuca, tamburil, jacarandá, entre outras espécies.
Ainda de acordo com Maria, “trata-se de uma reativação do Viveiro Municipal para o plantio de mudas de árvores, com o objetivo de atender a demanda da população na arborização urbana de vias públicas e áreas que devem ser reflorestadas, a partir dos plantios coletivos, que deverão ser retomados assim que passar esse período de pandemia. No dia 9 de agosto haverá o plantio de sessenta (60) ‘quaresmeiras’, em parceria com as escolas, conclui Maria.