Programa de Combate à Violência contra a mulher é criado em Matão

Programa de Combate à Violência contra a mulher é criado em Matão



Com o objetivo de criar mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica, um programa de Combate à Violência contra a mulher está sendo implantado em Matão, através da união entre a Prefeitura, Poder Judiciário, Polícia, Ministério Público, Hospital “Carlos Fernando Malzoni”, Conselho Tutelar, OAB e Universidade Anhanguera. Nesta semana, através da iniciativa do Juiz de Direito Dr. Ricardo Rinhel, da Vara Criminal de Matão, aconteceu uma reunião para discutir execução deste projeto inédito que visa amparar mulheres vítimas de todos os tipos de agressões: física, psicológica, moral, sexual, entre outras. Outras reuniões acontecerão nos próximos dias.

De acordo o Juiz de Direito, Dr. Rinhel, a ideia é que ao procurar a Polícia ou o Hospital, as vítimas sintam-se acolhidas, desde o primeiro momento. “Queremos que no primeiro acolhimento, elas saibam que o problema que enfrentam, também é da sociedade. Por isso, as vítimas não podem se isolar, pois através dos seus relatos, poderão contar com o apoio da estrutura institucional que irá ajudá-las a enfrentar esta situação com dignidade, encorajando-as a denunciar os criminosos que precisam ser identificados, processados e punidos nos termos da Lei”, afirmou o Juiz.

O programa visa no momento do acolhimento, seja na Delegacia ou no Hospital, que as vítimas tenham ao seu dispor um mínimo de estrutura, como a possibilidade de um acompanhamento psicológico. Para isso, entre os parceiros está a Faculdade Anhanguera que disponibilizará seus alunos do curso de Psicologia para o atendimento destas mulheres.

Deste acolhimento, também estará à disposição um profissional do Direito para o acompanhamento individual de cada caso. Neste sentido, o presidente da OAB de Matão, Dr. Paulo Augusto Bernardi, colaborou na organização das reuniões e na articulação entre os envolvidos deste projeto, além de mobilizar junto a Defensoria Pública para que o trabalho seja executado com toda a cobertura necessária, inclusive com o aporte judicial destas situações criminosas “O mínimo que podemos fazer é amparar, proteger, dar apoio jurídico e psicológico incondicional para que elas vençam este mal que, infelizmente, faz novas vítimas a cada segundo em nosso país e em nossa cidade. Aproveito também parabenizar a iniciativa do Juiz Dr. Ricardo e a todos que estão dispostos a contribuir com este programa”, disse.

A Prefeitura de Matão, através do Núcleo de Prevenção à Violência também participará deste acolhimento, como explica o secretário da Saúde, Ademir de Souza, que participou das primeiras reuniões representando o prefeito Cido Ferrari.“Através desta Rede, vamos ter condições mínimas de acompanhamento das mulheres que sofrem violência. Ressalto a importância do encorajamento e o apoio das pessoas que conhecem alguma vítima de nossa cidade. Pedimos que esta informação seja transmitida e que nossos munícipes façam a divulgação e assim o Programa tenha grandes proporções. Juntos e com pequenas atitudes podemos reverter muitas histórias, salvar vidas e evitar consequências ainda piores”, afirmou o secretário.

O grupo terá ainda o acompanhamento do Conselho Tutelar para os casos onde acontecer a violência e existir no núcleo, menores de 18 anos, além da efetiva participação da Delegacia da Mulher e dos profissionais do Hospital Carlos Fernando Malzoni que muitas vezes é quem recebem, primeiramente, mulheres vitimadas por violência doméstica dentro de seus lares.

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